domingo, 18 de janeiro de 2009

Somos jovens para o fim.



Somos jovens para o fim.


Engula o seu jeito atrevido que eu esperei muito para comer sua boca e não serão palavras que impedirão que eu rasgue os seus segredos.
Olhe bem, use e abuse que estou calma, presa nas rédeas dos seus laços, porém vá devagar, a pressa atrapalha o conhecer. Não brinque de parar sem que eu permita ou firo a sua parte sagrada e rompo o caso no meio do ato.
Bagunce meus sentidos sem medo de minhas mordidas e ouse virar o jogo no sem fim do eu quero que me dome.
Perturbe meus olhos, incite mais minha fome e amasse minhas pernas entre as suas na mistura dos amantes completos que somos.
Não cuidarei dos seus sorrisos, mas darei gargalhadas que não esquecerá nem que o mundo caia ou a bomba final aterrorize mentes e corpos.
Vá fundo nas emoções plenas dos meus delírios, aproveite a hora, o segundo dobrado de fazer cantar minha volúpia desmedida em sua pele suada de macho a excitar-me.
Pare. Não pare. Provoque minha loucura e leve-me a cama, chão, parede, mesa, onde estiver a sua fantasia de possuir-me completa fúria e ternura.
Solte seus gemidos em meus ouvidos, ao vento, no fulgor da noite, criança a nos expiar em longa lua-de-mel as extremas.
Diga baixarias, fale de amor, faça carinhos, olhe nos olhos e peça mais com uma loucura incurável a encher o ar de desejo.
Dance em meu corpo um tango, perfure minha gota de inocência e abra-me aos seus fetiches sem medo que eu o reprima. Viva e permita-se ser amado com lua ou sem.
Desoriente todas as noções de quem somos e depois apenas alise meus cabelos, diga o quanto foi bom, beije suavemente meus dedos e lábios e adormeça em meu peito para que eu observe o homem-menino que é meu rei, meu todo, meu meio e princípio no sono merecido dos grandes amantes.
Eliane Alcântara.