segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sesc Juazeiro expõe trabalhos de Alexandre Lucas


Exposição “Aflordapele” Instigante, interativa e inquietante traz nova série de infogravuras do artista engajado do Ceará.




Os trabalhos de infogravuras do artista visual, Alexandre Lucas serão expostos a partir desta sexta-feira, dia 17, na Unidade do Sesc de Juazeiro do Norte. A nova série de infogravuras do artista (gravuras produzidas a partir do uso de computadores), terão como temática arte e sexualidade. A exposição denominada “Aflordapele” é uma junção de fragmentos de fotografias de partes humanas que ao serem multiplicadas resultam na formação de uma nova imagem que remete a lembrança do erotismo e da sexualidade, numa espécie de formação caleidoscópica humana. Como é comum nos trabalhos do Alexandre Lucas, o público poderá interagir com as obras, além da exposição convencional de obras molduradas, a exposição contará com “jogos de imagens” que serão disponibilizados para que o público monte as suas próprias visualidades.Para o artista Luis Karimai “Há nas imagens um estado de geometria humana ou orgânica, alguma coisa de desafiante para as convenções”. Já a artista Cristiane Campos do Paraná diz que “a arte de Alexandre, tem um apelo visual bastante forte, que faz com que o espectador pare, observe, pense e analise e acrescenta as figuras que se mesclam transformando uma determinada imagem em uma profusão de novas formas é realmente interessante. A acadêmica de Direito Lais Abreu, da Bahia enfatiza que a primeira impressão ao ver as infogravuras de Lucas é de curiosidade. Fico brincando com as montagens, imaginando como seria o formato original da imagem ali transformada; é como se estivesse montando um quebra-cabeça. A acadêmica do Curso de Ciências Sociais da URCA, Cícera Andrade frisa que o trabalho é um despertar para se pensar o que nos aparece como comum, simples (natural), ou seja, o que aparentemente é familiar, mas que não deixa por isso, de se apresentar dentro de uma enorme complexidade em que caminha a vida humana.


Sobre o artista

Alexandre Lucas

Formado em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acarau - UVA/CE e com especialização em Língua Portuguesa e Arte-Educação pela Universidade Regional l do Cariri – URCA/CE, poeta, artesão, artista plástico (autodidata), integrante do Coletivo Camaradas. (http://www.coletivocamaradas.blogspot.com/). Coordenador do Projeto Leituras Negras, assessor técnico cultural do Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC ambos vinculados a URCA e membro do Programa Nacional de Inferência Ambiental PIA/Instituto CUCA da UNE.Contato: E-mail: alexandrelucas65@hotmail.com


Serviço:

Exposição “Aflordapele”

Abertura: Dia 17 ( sexta-feira)Horário: 19 horasLocal: Sesc Juazeiro do Norte(No dia da abertura haverá também Show "Música Cariri" SESC Juazeiro - 20h - Com a participação de Abdoral Jamacaru, Amélia Coelho (Zabumbeiros Cariris),Fatinha Gomes,Dudé Casado (Dr. Raiz), Ermano Morais, Di Freitas, Antônio Queiroz, Paulo Rafael e Ibbertson Nobre. )

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Crítica Literária.




Um talento nato registrando sua assinatura poética


Na formação do seu refinamento lingüístico, antevê-se o perfil dos prodigiosos escritores que, desce cedo, são ávidos leitores. Não se pode negar às suas inúmeras leituras, o mérito do aprimoramento da Língua como ferramenta de trabalho, que foram passos sólidos para Eliane Alcântara despontar para as letras.

Quer como contista, quer como poeta erótica, colunista ou declamadora, a autora destaca-se por um estilo inédito e, ao mesmo tempo, refinado, encontrando seu nicho nas artes literárias, onde, com toda certeza, com a catarse que a arte de escrever lhe provoca, vive em condições muito especiais, onde a maioria das pessoas não atinge.

Esse seu, pode-se assim dizer, derramamento desenfreado de sentimentos mexe com os afortunados que têm a oportunidade de lê-la. Como se sua catarse poético-terapêutica tivesse como finalidade o reconhecimento, a aceitação da beleza do encontro e da partilha de dois indivíduos que se mesclam, em momentos íntimos de ternura e prazer. É preciso generosidade até para estar com o outro, de onde vem o retorno que completa e faz feliz; segredo do sucesso de uma relação prazerosa, que causa leveza, deixando a séculos de distância a conotação de pecado.

Sua mimese, isto é, imitação da realidade em letras, sua realização como mulher, base do desenvolvimento do trabalho, apresenta as facetas do espelho, do encontro com o outro, do avesso; todas encantadoras e surpreendentes.

Seu erotismo é classificado como o fino fio que tece a humanidade. Afinal, encontros sensuais marcaram nosso nascer para o mundo. No seu contexto, são descartados os encontros infelizes, as perversões da mistura íntima de seres que se machucam, que não se completam mas mesclam-se no ato sexual. O ser humano precisa se dar conta que o peso leve da sensualidade permeia seus caminhos, de uma forma sadia e feliz, permitindo aprender de si no outro, deixando um pouco de leveza ao indivíduo que carrega pesos do mundo, quando encontra seu referente, outro indivíduo que se encaixa nele tão bem como se sempre assim já tivesse sido.

É preciso tirar as viseiras que as muitas concepções errôneas causaram ao homem. O erotismo é parte integrante do ser humano. São tantas as partes do ser humano... E todas são humanas, são verdades, são belas. Obra alguma de Deus não se pode desqualificar. É acreditando que, acima da arte, está a sua contribuição para seres humanos mais felizes, que a poeta transforma-se em poesia. Generosa, quer compartilhar com o mundo sua descoberta. Verdade é que muitos já tentaram faze-lo, mas longe da sua fluência verbal e da delicadeza das palavras para dissecar o sagrado da intimidade.

“Escrever é como o ato de ler. Temos que voar. Libertar as asas e descobrir que o céu não oferece limites”, disse esta poeta uma vez. É a necessidade do encontro e erotismo latente em cada pessoa que parece dizer “Engula o seu jeito atrevido que eu esperei muito para comer sua boca e não serão palavras que impedirão que eu rasgue os seus segredos”. Muitas vezes, todos experimentam momentos em que sentem-se sós, ainda que acompanhados. Há uma superação poética na literatura de Eros Feminino, como se causasse ao leitor um êxtase existencial. É sua missão escrever, desbravando induções, revelando beleza onde muitos só vêem pecado. E, assim, afastam-se do reconhecimento mais íntimo de si no encontro com o outro.

Descubram também vocês o secreto de cada um de nós no Encontro Íntimo que nos proporciona seu Eros Feminino. Aguardem para o segundo semestre de 2009 esse lançamento imperdível.

CRUZ, Ana da. Um talento nato registrando sua assinatura poética (Crítica Literária). Mural dos Escritores. URL: [http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/um-talento-nato-registrando] 31/01/2008.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Somos jovens para o fim.



Somos jovens para o fim.


Engula o seu jeito atrevido que eu esperei muito para comer sua boca e não serão palavras que impedirão que eu rasgue os seus segredos.
Olhe bem, use e abuse que estou calma, presa nas rédeas dos seus laços, porém vá devagar, a pressa atrapalha o conhecer. Não brinque de parar sem que eu permita ou firo a sua parte sagrada e rompo o caso no meio do ato.
Bagunce meus sentidos sem medo de minhas mordidas e ouse virar o jogo no sem fim do eu quero que me dome.
Perturbe meus olhos, incite mais minha fome e amasse minhas pernas entre as suas na mistura dos amantes completos que somos.
Não cuidarei dos seus sorrisos, mas darei gargalhadas que não esquecerá nem que o mundo caia ou a bomba final aterrorize mentes e corpos.
Vá fundo nas emoções plenas dos meus delírios, aproveite a hora, o segundo dobrado de fazer cantar minha volúpia desmedida em sua pele suada de macho a excitar-me.
Pare. Não pare. Provoque minha loucura e leve-me a cama, chão, parede, mesa, onde estiver a sua fantasia de possuir-me completa fúria e ternura.
Solte seus gemidos em meus ouvidos, ao vento, no fulgor da noite, criança a nos expiar em longa lua-de-mel as extremas.
Diga baixarias, fale de amor, faça carinhos, olhe nos olhos e peça mais com uma loucura incurável a encher o ar de desejo.
Dance em meu corpo um tango, perfure minha gota de inocência e abra-me aos seus fetiches sem medo que eu o reprima. Viva e permita-se ser amado com lua ou sem.
Desoriente todas as noções de quem somos e depois apenas alise meus cabelos, diga o quanto foi bom, beije suavemente meus dedos e lábios e adormeça em meu peito para que eu observe o homem-menino que é meu rei, meu todo, meu meio e princípio no sono merecido dos grandes amantes.
Eliane Alcântara.